Quando o assunto é orçamento de obra, todo profissional busca ser o mais assertivo possível — afinal, é essa precisão que diferencia um bom executor de custos de um verdadeiro especialista em planejamento financeiro de obras.
Ao estruturar o orçamento, é natural pensar nos custos diretos, como materiais e mão de obra. Mas existem também os custos indiretos, aqueles que não aparecem no canteiro de obra, não estão ligados a uma tarefa específica, mas que impactam — e muito — o resultado final do orçamento.
Mesmo os profissionais mais experientes costumam esquecer (ou até desconhecer) um desses custos indiretos que corrói o lucro e desequilibra o caixa da obra: o INSS da construção civil, também conhecido como INSS de Obras.

O que é o INSS de Obra?
Esse é um tributo federal devido à Receita Federal, obrigatório para praticamente todas as construções, e que pode representar uma fatia significativa do orçamento quando não é planejado desde o início. O responsável pela obra — seja pessoa física ou jurídica — precisa quitar o INSS de Obras para obter a CND de INSS (Certidão Negativa de Débitos), documento indispensável para regularizar e vender o imóvel.

Quanto custa o INSS de uma obra?
Para você ter uma ideia, por exemplo: uma obra residencial de 210 m² em Santa Catarina pode gerar um custo aproximado de R$ 45 mil (quando o responsável é pessoa jurídica) ou R$ 25 mil (quando é pessoa física). Imagine descobrir esse valor somente no final da obra, quando o dinheiro já foi todo consumido — ou pior, receber uma notificação da Receita Federal meses depois, com multa e juros por não ter regularizada a obra. É um erro de gestão de custos que pode comprometer o resultado financeiro do projeto.
Por isso, incluir o INSS de Obras no orçamento não é apenas uma boa prática: é uma estratégia essencial para evitar surpresas e garantir a saúde financeira do empreendimento. A boa notícia é que existem formas legais de gerar economia desse custo, desde que o planejamento seja feito de forma correta e com o suporte adequado.
Sou Carla Loureiro, advogada especialista em regularização de obras na Receita Federal, e vou estar aqui com vocês trazendo orientações práticas e seguras sobre como lidar com o INSS na construção civil — sem sustos e com economia.